A Sequência do Boiadeiro
Na primeira imagem o jovem boiadeiro procura um boi tresmalhado (sua própria vida espiritual, perdida por se ter deixado levar pelos enganadores sentidos; é muito típico do pensamento Ch'an/zen chinês utilizar um animal prático como o boi para representar o espírito).
Encontra-se sem lar e sem raízes, mas com a ajuda dos sutras (segunda imagem) começa a descobrir marcas do boi, apesar de sua confusão.
Na terceira imagem, o ser do jovem abre-se através do som, penetra na origem das coisas e seus sentidos estabilizam numa ordem harmoniosa. Encontra o boi.
Na quarta imagem o jovem está prestes a agarrar o boi, mas devido às pressões do mundo exterior, é-lhe difícil controlá-lo, e o boi força para regressar ao prado onde pastava. O jovem tem de se mostrar muito duro com o boi.
Na quinta
imagem está prestes a controlar o animal.
Na sexta a luta terminou e o jovem cavalga
no lombo do boi. Já não se deixa arrastar pelo mundo das aparências, nem
se preocupa com os ganhos e as perdas. Sente uma alegria indescritível.
Na sétima imagem reconhece que o boi é um símbolo e deixa-o ir embora. Alcançou um estado de plenitude e de serenidade.
Na oitava, o jovem e o boi desapareceram; a mente do jovem está completamente clara e não resta nela nem sequer o conceito de santidade.
Na nona imagem, o jovem permanece com a mente inamovível, vendo que as águas são azuis e as montanhas verdes, mas sem se identificar com qualquer mudança; (olha, os riachos correm / e ninguém sabe para onde vão).
Na décima e última imagem o jovem regressa ao mundo, convertido num homem livre, pondo todo o seu ser em tudo o que faz, porque não pretende obter nenhum benefício.
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